segunda-feira, 17 de março de 2008

Desafio









Em resposta ao desafio que foi lançado pela amiga Fátima do MAR AZUL:


Aqui vai um breve resumo da MINHA VIDA:
Tudo começa em Lisboa e é fruto da paixão (ainda que não eterna…) entre duas pessoas, que talvez por serem tão diferentes se tenham sentido atraídas e que, por força do destino ou de sabe-se lá do quê, resolveram unir-se na luxúria e não só para dar origem a um novo ser: eu. Mas a família não foi feliz para sempre como nos contos e histórias de encantar, dissolveu-se aos poucos como sabão na água, e a espuma que deixou a boiar não deixa, até hoje, ver com clareza todos as causas para que tal tenha sucedido (nem para os episódios de ESTUPIDEZ e incompreensão protagonizados pelos meus pais). E eu lá fui seguindo (triste)…
Eis então que chegam os anos da adolescência (complicados por natureza e loucos por minha imposição) e com eles a vontade de fazer uma CORRIDA NA ESTRADA DO ALENTEJO. Ah, o meu Alentejo…!!! Foi lá que me deixei crescer como a ervas que não arrancaram tal qual li num poema de Pessoa ESCRITO NUM LIVRO ABANDONADO EM viagem, por certo lá para os lados de Beja… Foi lá que aprendi e interiorizei o CONCEITO DE AMIZADE e que guardo comigo até hoje, juntinho ao coração (que é onde os meus amigos sempre estão) e que aprendi a amar e respeitar os mais velhos graças a uma excelente professora da vida com que fui agraciada: a minha querida avó (a história dela fica para outro post). Passados alguns anos e já perto dos meus 18, vejo-me confrontada, mais uma vez, com o facto de a vida ser um mar de surpresas e imprevistos, uns bons e outros maus, que tentamos coordenar com os nossos sentimentos de modo a manter alguma sanidade mental, sendo que a surpresa desta vez foi o regresso a Lisboa. Fui de certa forma REGRESSANDO NA FELICIDADE ou talvez na esperança de uma reconciliação com a minha mãe. A nossa relação na altura para resumir numa palavra era complicada e assim se manteve durante mais uns anitos…
Como ALTERNATIVA AO ENCANTO de uma amizade maternal (que na altura não tive), de um pai que nunca cheguei verdadeiramente a ter e de uma avó absolutamente extraordinária que faleceu, entreguei-me aos devaneios de uma juventude desgovernada e insensata (viriam a custar bem caro estes anos…).
Entretanto cresci, aprendi (com as fortes cabeçadas que fui dando nas paredes da vida) e tornei-me mulher. No meu coração não há lugar para arrependimentos nem ressentimentos só há lugar para amar os que me rodeiam na ânsia de com eles viver MOMENTOS FELIZES. Tenho, agora, uma excelente relação com a minha mãe (somos verdadeiramente amigas) e encontrei um companheiro para a viagem da vida e apesar das dificuldades (que não são poucas…) vou tendo um ou outro SÁBADO PERFEITO.
Acima de tudo luto contra as adversidades da vida e recuso-me determinantemente a render-me a um qualquer comprimido ainda que seja UM XANAX CHAMADO PORTUGAL!!


Maria Mala

P. S. – Fátima tu tem um cantinho especial no meu coração. Muito obrigado pela tua amizade! :-)

4 comentários:

Fátima disse...

Amiga,

Lindo!! Lindo!!!
Estou a babar-me de FELICIDADE! Obrigada pela amizade, à qual dou imenso valor!
Bom texto!
Espera a próxima....

:-) Beijos

Capitão Merda disse...

Chego aqui e deparo-me com um "link" para a minha naviarra!
Obrigado pela atenção, Maria!
Vou voltar, caso não me mandem embora... ;)

Casemiro dos Plásticos disse...

Ta,bém gostei deste blog, parabéns e espero dure muito tempo.
beijo e boa páscoa.
voltarei.

O Profeta disse...

Mulher da ilha é solidão
É espera do vapor da madrugada
É aroma de milho em mesa de pão
É pio de milhafre, alma assombrada

Mãe em ninho feito de frias pedras
Por duras mãos cheias de jeito
Não sei se de ti brota um morno leite
Ou escorre rubra lava do teu peito


Uma Santa Páscoa


Terno beijo